Estranha a vida... estranho os desejos,
Esses que se transformam...
Desejos de se querer, ser, estar, ter, poder,
Algo, alguém, quem...
Estranha a vida com seu destino incerto,
Com seu olhar distante e sempre perto.
Vida que deseja, desejo de viver, que habita a alma,
A busca de outra alma, que a ao longe se reconhecem
E quando próximas se desconhecem...
Estranho olhar de procura... procurar o quê,
Por que, pra quê, pra quem?
A vida é paralela ao sonho, o sonho
É o desejo da realidade, e o que é realidade?
O coração é inquieto, a alma é sedenta e o
Corpo é liberdade, expressividade...
A busca jamais terá fim, mesmo que este chegue,
Virá outra vida para recomeçar a busca insaciável
Que destrói, reconstrói, odeia, ama e corrói.
Tua vida não tem futuro, este é teu impasse.
És do mundo, és insaciável, és cruel e és amável.
Tuas asas imaginárias te levam para além,
Mas só isso não te basta, tens que mostrar para alguém.
Importa a quem, és forte, és guerreiro e
Não perdes pra ninguém...
Estranha a vida... estranho os desejos,
Esses que se transformam em meio à solidão!